quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Energias limpas, energias renováveis


Engenhos do passado que laboravam aproveitando as forças da natureza, os moinhos de maré, as azenhas e os moinhos de vento mantêm-se hoje como um importante legado. Com o objectivo comum de moer os cereais, os moinhos de vento aproveitavam a força da brisa; as azenhas, utilizavam a água dos ribeiros; os moinhos de maré, valiam-se das águas contidas em enormes represas, que eram abertas na baixa-mar para fazer mover as suas mós.

Sempre no cimo dos montes, em lugares bem expostos ao vento, construíam-se os moinhos de paredes circular em alvenaria caiada de branco, prova de limpeza e boa conservação, e tecto em forma de cone, para não perturbar o rodar das velas.Espalhadas pela serra, e esporadicamente no litoral, vêem-se hoje as ruínas destes moinhos de vento, outrora apetrechados com úteis velas de lona e boas mós que trituravam o milho e o trigo com que se fazia o pão e que, durante séculos, marcaram os tempos cerealíferos do país.

Os parques eólicos um pouco por todo o país continuam a aproveitar a força do vento, desta vez com dezenas de moinhos de esguias pás de aço, para produzir energia amiga do ambiente.
Os moinhos de maré e as azenhas, localizavam-se sobretudo ao longo das ribeiras e no estuário dos rios, tirando partido do ciclo das marés para produzir farinha.
Em Portugal, o primeiro registo da existência de um engenho deste tipo apareceu em Castro Marim, por volta de 1290, mas só a partir do século XVI se tornaram comuns no sul de Portugal. Actualmente, restam as sombras destes moinhos, já cansados das suas funções, com excepcionais casos de recuperação que conservam a memória dos engenhos de maré.
Um exemplo feliz é o moinho de maré da Quinta do Marim, no Parque Natural da Ria Formosa, que se mantém equipado com seis mós, aberto a visitas e a trabalhar regularmente.

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